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[GSK] Criando Equilíbrio Muscular

Aula ministrada por Gurusangat Kaur Khalsa em 10 de fevereiro de 2017


[GSK abre a aula]


O kriya de hoje é para criar o equilíbrio muscular. E o Yogi Bhajan explica que esse kriya é para fazer um movimento de acessar determinadas regiões musculares que a gente hiperativa e outras que a gente subutiliza. Ele pede para a gente fazer uma reflexão sobre isso. É óbvio que nosso estilo de vida, de trabalho, faz com que a gente crie um padrão de estar sempre numa determinada posição e é claro que você vai ter uma musculatura mais ativa que outra. Eu fico pensando em mim e nos professores de formação, que passamos o final de semana inteiro assentado nessa posição, é claro que o paravertebral da gente – e de vocês que se assentam o final de semana inteiro, constantemente – é hiperativado, senão nós não estaríamos com a coluna em pé. E outras regiões vão ficando subutilizadas, vão ficando fracas, e não há problema nenhum. É só uma questão de você, nos movimentos, acessar esses músculos, se esticar e eventualmente ir lá na Parampurkh, para ajustar a musculatura. Mas o Yogi Bhajan pede para fazermos um outro tipo de reflexão, que é a reflexão do estresse elementar básico.


No curso de nível 2, Estresse e Vitalidade, estudamos o estresse elementar básico. É muito curioso, que a gente nunca associa uma couraça, como a psicologia chama, com o estresse elementar básico. Relaciona-se a couraça ao estresse. A diferença é que o Yogi Bhajan localiza o DNA das couraças, vamos chamar assim, a raiz desse problema, na formação do nosso subconsciente, ou seja, nos três primeiros anos de vida, mais particularmente nos primeiros nove meses de vida. Então vocês podem imaginar que a gente não tem nenhum acesso ao mundo de forma consciente, somos totalmente dependentes da psique da mãe, da psique do pai; um momento em que estamos completamente dependentes do meio. Parece uma armadilha isso e sem nenhum tipo de interação consciente com o meio, de modo a gente poder fazer escolhas. E é justamente nessa dependência do meio, quase subjugados ao meio, é que nós formamos o nosso padrão de subconsciente, que vai regular a gente para o resto da vida, incluindo aí o estresse elementar básico, que é um padrão de couraça. E esse padrão só vai ser desfeito à medida que a gente começar a limpar o subconsciente. Parece uma armadilha, está certo? Parece que Deus estava de pileque nesse momento e colocou a gente dependente de uma mãe inconsciente, de um pai irresponsável, desconectado. Mas a minha única pergunta de hoje é: por que não é uma armadilha?


Aluno: Porque a gente pode escolher.


[GSK]: O que a gente pôde escolher? Na verdade, a gente não pode, a gente pôde.


Aluno: Os pais.


[GSK]: É por aí. A gente pôde escolher a mãe. Só não é uma armadilha porque nós sabíamos. Essa é a única condição que a alma sabia, qual era a psique da mãe. E a gente escolheu a mãe porque naquela psique, naquele contexto, a gente escolhe para pagar o tal do nosso karma. É claro que parece uma armadilha quando a gente olha com olhos históricos desse momento.


Aluno: Por que não o pai?


[GSK]: Não sei, o Yogi Bhajan diz que a gente escolhe a mãe e a mãe escolhe o pai. O pai é uma responsabilidade da mãe, mas a alma escolhe a mãe, escolhe o “barco” para ela atravessar esse oceano. É muito bonito. No Siri Guru Grant Sahib se fala que a mãe é um barco, é uma fragata e, dentro dela, a gente se coloca para atravessar esses mares revoltosos da gestação, porque é um mar, nós estamos dentro do líquido amniótico. Vocês compreendem isso? Isso é um pouquinho de cultura yoguica para vocês, em suas salas de aula. Aos olhos históricos desse momento, quando eu olho para essa situação, ela me parece uma armadilha. Não parecia uma armadilha aos olhos de um bebê. Ele não tem consciência disso. Da mesma maneira que a gente tem de ter um olhar além do histórico, para nossa própria vida, a gente precisa desenvolver esse próprio olhar para além do histórico para a vida do outro, do planeta, das circunstâncias, do histórico, da política. Então é esse chamado para a gente ter um olhar cósmico é muito, muito importante. Quando a gente olha do ponto de vista cósmico, a gente descobre que não era uma armadilha. Eu sabia, mas esqueci. E aí é todo esse jogo de como resolver o estresse elementar básico. Essa é uma aula que vai trabalhar nessa couraça do estresse elementar básico.


Kryia: Criando Equilíbrio Muscular, de 1984, 22 de junho, do livro Infinity and me.


A meditação de hoje é para ajudar a gente a ver o invisível, escutar o inaudível, entrar com a realidade através da sua intuição. É uma ótima meditação para fazer com seus alunos, ela é muito sensível e cria um espaço intuitivo muito grande. Ela está no mesmo livro do Kryia.


Meditação: Sa-Ta-Na-Ma, segunda fase.


May the long time sun shine upon you...


[Transcrição: Sada Ram Kaur]

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