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[GSK] As três mentes na transcendência

Aula ministrada por Gurusangat Kaur Khalsa no dia 17 de agosto de 2018


[GSK abre a aula]


Hoje faremos uma aula muito interessante, que é mais ou menos o contrário de tudo que fazemos no Kundalini Yoga. Normalmente fazemos um kriya longo e uma meditação curta. Faremos hoje um kriya curto e uma meditação longa, parecida com um kriya. Essa aula em si já é um paradoxo. Trata-se de uma das meditações clássicas mais importantes e está no famoso livro Sadhana Guidelines, que em breve terá sua versão em português disponibilizada.


Essa é uma meditação transcendental, que precisa ser acompanhada de um kriya que abra alguns circuitos da região da hipófise e, consequentemente, da pineal. Caso contrário, não cumpriria seu papel de atrair Maha Shakti: a grande força primal, a força intuitiva. Pelo fato de a intuição ser uma energia de natureza feminina, as mulheres têm maior possibilidade de ancorá-la que os homens; eles precisam trabalhar mais para dar passagem a essa força. Sem um trabalho que abra o circuito da região da hipófise e da pineal no cérebro, em torno do que chamamos terceiro olho, essa meditação funcionaria apenas parcialmente.


Queremos que essa grande força feminina primal promova em nós uma desobstrução, e alcançaremos isso através do controle de indra, as emoções femininas. O problema da intuição que o feminino ancora – não a mulher, mas o feminino – são as emoções que fluem. No momento em que o feminino excede em intuição, o drama começa. Quando a mulher tem um insight intuitivo, há o medo e surge o drama: “ah meu Deus!” No feminino, se indra não está sob controle, a intuição faz com que emerjam as emoções que fluem e o drama. Os homens também podem ser bem dramáticos, mas a questão do masculino é que quando surge o drama, a intuição se retira.


Kriya: Kriya para o sexto chakra, do manual Expanding Intuition


Meditação: A transcendental meditation: Maha Shakti Chalnee Indra Mudra, do livro Sadhana Guidelines


Ao longo desse dia é muito importante contemplarmos qualquer realidade que venha a nos confinar e nos lembrarmos dessa frequência que geramos aqui. Yogi Bhajan diz que no dia em que fizermos essa meditação, se usarmos esse recurso em uma situação que nos confina – em casa, no trabalho, ou onde for – e não reagirmos, se apenas nos lembrarmos dessa frequência, criaremos um padrão novo de transcendência de situações limitantes.


Precisamos dos três recursos: as mentes negativa, positiva e neutra. Registramos que a situação está nos confinando quando notamos que há um desconforto, um aperto. Isso é a mente negativa agindo. Não é para ignorarmos, tampouco se trata de nos treinarmos a não observar quando formos confinados ou constrangidos. Nós registramos. É necessário muita força para sair da mente negativa que está registrando o desconforto. A mente que nos auxilia a ancorar a mente neutra é a positiva. Mas, se a mente positiva for forte demais e entender que devemos simplesmente transcender, não levaremos conosco o registro de confinamento. Esse incômodo precisa ir conosco para a mente neutra. Não queremos chegar na mente neutra como uma “Pollyanna”.


Assim, temos dois registros: o do incômodo e o que nos leva até a mente neutra. Essa é a transcendência. Portanto, não existe força de transcendência sem a mente positiva. Os registros chegam à mente neutra e, a partir dela, toma-se uma decisão. Se permanecermos apenas na mente negativa, reagiremos ao que for que estiver nos confinando. Precisamos sair daquilo, necessariamente, para termos uma visão mais ampla.


A intuição não é o resultado dessa análise. A análise é anterior. No momento em que fazemos a análise e atingimos a mente neutra, estamos na mente do “é”. Um insight que brota na mente neutra. Quanto mais conseguimos transcender e usar as mentes negativa e positiva, mais rapidamente vem esse insight. A história é deixar que ele venha realmente como um impulso. Podemos ter um impulso que é instintivo e um que é intuitivo. Se o insight vier num impulso, ainda melhor.


Música: Three Little Birds – Bob Marley


May the long time sun...


[Transcrição: Sada Ram Kaur]

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