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[GSK] Por uma vida louca de amor

Aula ministrada por Gurusangat Kaur Khalsa em 13 de dezembro de 2019


[GSK abre a aula]


Hoje faremos uma nova abordagem do nosso tema, que é a limpeza do subconsciente. Dedicamos quatro aulas a uma faceta desse tema. Hoje trabalharemos uma condição humana que é muito peculiar. Somos cheios de desejos, sonhos e imaginação. Queremos muitas coisas. Vamos colocando para dentro de nós todas essas vontades e aspirações, e elas não param. Paralelamente, achamos sempre que o que temos não é suficiente. Nessa condição, criamos um tipo de adoecimento na psique que gera um registro no subconsciente a que chamamos de emoções primais: muita raiva, medo e insegurança.


Medo por não ter aquilo que desejamos e raiva por não ter suficiente. O medo e a raiva são a raiz do que chamamos de ignorância. Quando Yogi Bhajan deu essa aula ele falou o seguinte: “Sabendo o que sei, quando vejo vocês cheios de desejos e aspirações, sem reconhecer que o que têm é suficiente e gerando no subconsciente esse registro de dor e de raiva, eu acho um milagre que estejam vivos!”.


Na aula de hoje usaremos uma técnica que se chama reverberação. Essa técnica parte de um pressuposto que já trabalhamos aulas atrás, que é a emanação. Vamos reverberar para limpar o subconsciente. Esses bloqueios do subconsciente, que vêm de infinitos desejos que nunca param, associados a um péssimo reconhecimento daquilo que já temos, criam uma cristalização. O Yogi Bhajan dizia que isso tem um peso molecular. Isso causa um peso em nós, da mesma forma que tem em si um peso. Esse tipo de peso só pode ser rapidamente eliminado com a reverberação. É preciso usar o princípio da ressonância.


[Aluna] Reverberar é projetar?


[GSK] Todo mundo que reverbera projeta. Não precisa ser uma ação voluntária. O que depende de nós, voluntariamente, é a permissão para emanar. Reverberar é uma consequência da emanação, mas podemos não emanar. Reverberar é uma condição do som. Basta estarmos de mau humor numa sala que estamos reverberando. Independe de nós. Podemos, inclusive, fingir. Quando estamos de mau humor e fingimos que estamos de bom humor, continuamos reverberando uma mentira.


Emanar depende de uma condição voluntária. Podemos nos conter e não emanar nada que continuamos reverberando. Por que o emanar é importante? Porque é uma condição em que permitimos. Emanar vem de um estado em que nos permitimos nos projetar no espaço e no tempo. Permissão, essa é a palavra do espaço sagrado. Um morto não tem mais condição de emanar. Ele não tem mais a condição sine qua non para permitir, que é a alma, o espírito. Uma pessoa que tem o corpo radiante totalmente contraído não tem espaço de emanação. Mas uma pedra, em si só, jogada aqui, reverbera. Reverberar é, por exemplo, tocar uma corda do violão e as outras tocarem por proximidade e influência. O resultado final do que emana e do que reverbera é quase idêntico. Mas não se trata disso. A origem da emanação exige uma permissão. Não é uma intenção. Pode-se ter a intenção de querer, e não conseguir.


Entramos num campo onde não necessariamente temos garantias de explicação. E começamos a compreender esse novo conceito na experiência. Experiência é uma banda cósmica, não é uma banda digital. Ela não pressupõe parâmetros. Trabalharemos hoje com o princípio da reverberação para limpar os bloqueios do subconsciente. Bloqueios que resultam de desejar muito e reconhecer que tem pouco. Ele gera que tipo de peso? Medo e raiva.


Kriya: Removendo os bloqueios do subconsciente, do Manual Rebirthing


O estilo de vida da reverberação parte do pressuposto de que permitimos emanar do espírito. Deveríamos buscar esse estilo de vida, porque a emanação ou a reverberação nos levam a viver aonde mais tememos. Ficar na nossa zona de conforto é algo que impede nossa emanação e reverberação, porque nesta zona nunca precisamos do espírito, apenas seguimos os nossos padrões. É como Guru Nanak dizia: desenvolvam um apreço por viver aonde mais temem, porque é exatamente lá que terão a chance de emanar e reverberar a partir do seu espírito. É lá que pagaremos as nossas dívidas kármicas.


Essa falsa prudência que nos coloca sempre na zona do que controlamos embota a nossa capacidade de emanar e de reverberar. Testamos os nossos limites numa aula como essa justamente para aprender a viver aonde tememos, porque é ali que temos a experiência de ser uma gota que contém todos os oceanos. Guru Nanak dizia: se você quiser caminhar na rua do meu amor, traga em suas mãos a sua própria cabeça.


Esse medo que fomos adquirindo na nossa formação, na nossa criação e, depois, na nossa relação com o mundo, faz com que não tenhamos apreço por uma vida em que, em algum lugar, tememos. Deveríamos ter tal estilo de vida que nos dê capacidades, condições e coragem de viver nessa esquina. Porque a verdade, por regra, se esconde nas esquinas. A verdade não se revela frontalmente.


A aula de hoje é a história do que temos que fazer nas nossas vidas, se quisermos uma vida realmente louca de amor. Considerem, por favor, o quanto buscam notoriedade no lugar comum. Talvez vocês possam considerar buscar notoriedade nas esquinas de seus quadrados.


"May the long time sun shine upon you..."


[Transcrição: Devaroop Kaur]

[Edição: Nav Amrita Kaur]

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